quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Um dia Inesquecível

04 de Julho de 2006, Uma criança mudaria a nossa história.
Noites sem dormir, com sua cabecinha no ombro, altas horas se passavam, o cansaço tomava conta! De repente, gritos, choros constantes que nos pressionavam. Até parecia que a pequena criança era agredida, mas nada era feito a ela.
E o seu jeito nos deixava perplexos, não sabíamos o que fazer, no dia seguinte críticas surgiam, olhares nos direcionavam, julgamentos eram feitos, pessoas não compreendiam.
Éramos perversos aos olhos de todos, mas o que havíamos feito? Nada, além de segurar uma criança nos ombros, durante a noite.
Anos se passaram a pequena criança tornou-se uma menina, seu cabelo louro, seus olhos castanhos; estava lá sentada em meio às britas brincando com as pedrinhas, num mundo distante, a nossa voz ela não ouvia, se chamássemos nada adiantaria, parecia que seus ouvidos estavam lacrados, de sua pequena boca as palavras não saiam, seu desejo, era machucar-se a si mesmo, se agredia, batia sua cabeça na parede constantemente.
Desespero a cada dia invadia nossos corações, sua testa branca, arroxava-se com a sequência de batidas que ela dava, no dia seguinte mais olhares acusadores.
Mais anos se passaram, aquela menina não dormia, cansaço ela não sentia, mas o que estava acontecendo com a nossa garotinha? Algo desconhecido havia entrado em nosso lar. Não podíamos mais frequentar outros lugares, perdemos um pouco de nossa liberdade, a pequena onde podia destruía as coisas, irritava as pessoas, mesmo sem falar, pessoas não a suportavam.
Aquela menina mudaria a nossa vida, sua aparência tornava-se cada vez mais bela, encantava aos olhos dos que admiravam. Mas seu jeito, escondia algo que era desconhecido. Até que depois de muita busca, descobrimos o mistério por traz da nossa menina.
A nossa garotinha, era o que não sabíamos! Era Autista, mas eu agradeço a Deus por ter nos abençoado com essa vida, Pois ela nos ensinou e ensina a cada dia como praticar o verdadeiro amor.
Amor,
Amor tudo suporta, tudo crê e tudo espera.

Autor: Altamir Tribess, Pai de Camille



segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Ana Roriz - A visão espirita sobre o autismo - Uma lição de amor!

Você não tem noção da felicidade de poder estar ajudando.

Gustavo foi para escola com +/- 3 anos e meio, não falava quase nada, criou uma linguagem própria que só eu entendia, tenho mais dois meninos que também demoram a falar, mais quando foram para escola se desembestaram a falar. Com o Guga isso não aconteceu, em fim, comecei a correr a trás. A fonoaudióloga que atendia ele é que percebeu que havia alguma coisa errada em seu comportamento, nos orientou a procurar uma psiquiatra que de cara pediu que ele fizesse dois exames, uma ressonância magnética, e o Bera (audiometria), e passou Tegretol, que me recusei a dar. Ao sair da primeira consulta senti um misto de desespero e ao mesmo tempo não podia desmoronar. Chorei o necessário para então arregaçar as mangas e descobrir o que realmente estava acontecendo com meu filho. Todos os exames que ele fez deram normal. Quando voltei ao consultório a psiquiatra não gostou quando falei que não dei o medicamento, pois ajudaria na concentração dele, fez outra receita, passados uns 15 dias, muito contrariada, fui comprar o medicamento que para minha surpresa a Drª prescreveu errado, se em meu íntimo eu não queria dar, esta foi a confirmação que eu não deveria dar, e foi a melhor coisa que eu fiz. Um dia quando voltei ao consultório e contei que ele havia montado sozinho um quebra-cabeças de 70 peças aos 4 anos, ela me falou que se eu conseguisse alfabetiza-lo poderia levantar as mãos para o céu, mais que eu não ficasse soltando fogos por antecipação. Mais só nós mães atentas, percebemos, mesmo que seja micro, o progresso de nossos filhos.

Guga tinha algumas característica da doença, quando levava aos médicos eles observavam, a princípio achavam que sim, mais depois observando bem achavam que não, mais isso tem uma explicação.

Mais nessa minha busca, em meu íntimo, eu achava que tinha que verificar a parte espiritual, foi quando eu encontrei o GRAAAL, o Dr. André Luiz (aquele do filme Nosso Lar) atende lá e nos explicou que ele realmente tinha a doença do Autismo e que estava no perispírito e ainda não havia fecundado na carne, e que eu tinha até os 7 anos para tentar resgatá-lo. A doença desencadeou porque houve uma grande perna em vidas passadas, exatamente à 7 vidas. Ele nem queria vir mais nesta vida, e foi me revelado que eu em sonho fui até ele e consegui convence-lo a renascer.

O lugar onde levo até hoje Guga não é um centro espírita, se chama Grupo Acolhedor Aniceto André Luiz (GRAAAL), é um grupo filosoficamente holístico, a forma de agir é independente de qualquer filosofia espiritual, lá se pratica a caridade independente de qualquer religião.

Lá se faz medicina espiritual (consultas e cirurgias), fluidoterapia, Reiki, desobsessão, evangelização e corrente de oração. Eu fui parar lá por pura intuição, sentia a necessidade de verificar a parte espiritual e segui meu coração.

O tratamento dele consistiu na parte material: Fono, psicomotricista, psicopedagoga, um esporte coletivo, para que ele não desenvolva o gosto pelo isolamento. E a parte espiritual: banhos semanais, oração quando ele dormir (foi recomendado uma oração para ele), conversava com ele mesmo quando estava dormindo, florais (trabalha na essência do ser humano). Com 2 meses de tratamento, a coordenação da escola veio me falar do progresso dele, já ficava dentro de sala prestando atenção aos aulas e por ai foi. Nunca tomou remédios controlado, só homeopatia e florais.

Ele passou por 3 cirurgias espirituais e em 2009 tive a felicidade de saber que meu filho ficou curado desta doença, que a medicina não tem respostas de com ela desencadeia e a sua cura. Dentro de tudo que vi, estudei e pesquisei, acredito que esta doença é espiritual, cármica.

Hoje ele está com 9 anos mais a idade mental dele é de uma criança de 6 ano e meio para 7. E com o tempo vai se nivelar a idade cronológica.

Já está cursando o 4º ano do ensino fundamental, excelente na matemática, mais não manda ler um livro que é um castigo para ele, desenha diagramas de video game com requinte de detalhes. Imagina se lá no comecinho eu tivesse desistido e desse Tegretol a ele, com certeza teria perdido meu filho para a alienação.

Gostaria de deixar bem claro que cada caso é um caso, não quero criar expectativas e sim mostrar um caminho que para a medicina é loucura, mais para o meu filho foi a cura.

Não percamos a fé, a esperança, o amor, devemos sempre estar abertos para que Deus fale em nosso coração e coloque em nosso caminho a melhor solução.

Segundo Chico Xavier, a maternidade é um privilégio que Deus concedeu à mulher, mais os filhos especiais são confiados tão somente às grandes mulheres que tem a capacidade de amar até o infinito.

Se você puder, leia o livro Autistas do Além psicografado por Nelson Moraes, pelo espírito de Eduardo, da Editora PETIT.

Que nestas poucas palavras eu possa acender a chama da esperança aqueles pais que pensam em desistir pela falta de esperança. Não estamos sozinhos. Vamos tirar lições de tudo isso.

Alessandra, autorizo você a publicar em seu blog.

Espero poder ajudar sempre. Contate sempre que precisar.

Abraços de paz e luz

Ana Roriz